Estudo Sintético de Jonas

Estudo Sintético de Jonas
23/06/16-Quinta
1° Escolha do livro: Jonas
2° Leituras Preliminares: 12x (3x na Atualizada; 3x na Corrigida; 3x na NVI e 3x na Linguagem de Hoje)
3° Contexto Literário:
Livro Profético:
Os Livros Proféticos recebem o seu nome pelo fato de cada um deles aparecer encabeçado pelo nome de um profeta, o qual, podendo não ser sempre o autor de todo o texto, é, pelo menos, a figura histórica que lhe dá a sua personalidade.
O profeta é alguém chamado por Deus para proclamar a sua palavra. Ele é o porta-voz de Deus!
O alvo das mensagens dos profetas sempre é uma nação ou um povo específico. No caso dos profetas menores, ora vemos a mensagem de Deus sendo direcionada para a nação de Israel, ora para a nação de Edom, ora para a cidade de Nínive.
Na maioria dos casos os profetas têm suas raízes firmadas no povo a quem ele direciona sua mensagem5 (É claro que não podemos generalizar incluindo Jonas, Naum e Obadias nesta descrição). Isso significa que eles têm um conhecimento profundo da história de sua nação o suficiente para autenticar a mensagem que ele anuncia. Ele usa a história da própria nação para exortar o povo ou para encorajá-lo. Ele sempre lembra o povo de que o Deus que agiu no passado age no presente mudando a história da nação.
Profetas menores:
A expressão "Profetas Menores" foi cunhada por Agostinho, grande teólogo da Igreja, que viveu entre 354 e 430 d.C., levando em conta o fato de que os escritos destes profetas são diminutos em relação aos dos Profetas Maiores. Assim, não têm qualquer relação com a importância destes profetas ou com sua espiritualidade. A designação deve-se ao pequeno volume dos seus respectivos livros em comparação aos dos Profetas Maiores, e não quanto à qualidade da inspiração divina.
Narrativa histórica:
O livro de Jonas embora estando dentro do grupo dos profetas menores, na verdade a maior parte do livro é uma narrativa histórica. É contado como uma história, e não uma profecia. A profecia de Jonas aparece só numa parte do versículo em Jonas 3.4, o qual dizia: Ainda 40 dias e Nínive será destruída.
Alguns veem Jonas como ficção, mas Jonas foi um relato histórico real. Jesus mesmo cita o exemplo de Jonas, falando como os ninivitas se arrependeram.
Também é um livro recheado de milagres de Deus: Jonas foi engolido por um peixe, e depois de três dias foi vomitado pelo peixe. Ele permaneceu vivo e consciente dentro do peixe. Outro foi a conversão em massa por todos os habitantes de Nínive, desde os mais pobres até os mais ricos. Também Deus fez uma planta nascer e crescer num dia, e morrer no outro dia para ensinar Jonas uma importante lição.

            4° Contexto Histórico:
            Autor: Jonas
Embora o livro não identifique o autor, a tradição o atribui ao próprio Jonas. Ele era filho de Amitai, natural de Gate-Hefer, pequena aldeia de Zebulom na Galiléia, próximo de Názaré, hoje chamada El-Meshad. Foi um dos primeiros profetas de Israel. Jonas é mencionado em II Reis 14.25; por haver profetizado o crescimento do território de Israel, dizendo que seriam recuperados seus antigos limites, tendo essa profecia se cumprido durante o reinado de Jeroboão II. O nome Jonas, significa “pombo” (Portador da Paz). Foi contemporâneo de Oséias e Amós. Segundo a tradição, Jonas era filho da viúva de Sarepta ressuscitado dentre os mortos por Elias (I Rs 18.8-24)
            Destinatário: Ninivitas
O livro de Jonas começa com uma declaração do próprio Deus falando da malícia da cidade de Nínive. Para Ellisen “os habitantes de Nínive eram conhecidos como uma raça sensual e cruel” que viviam de saquear outras cidades. Os troféus que traziam eram as cabeças dos inimigos que eram empilhadas na cidade. Por esse motivo a cidade aparece como objeto da ira de Deus que manda o anúncio de sua destruição.


            Data: Cerca de 760 a.C
A narrativa do livro ocorreu por volta do ano de 750 a.C. durante o reinado de Jeroboão II (793 - 753), numa época em que Israel estava sendo bem sucedido em conquistas de territórios e desfrutava de grande prosperidade material. Naquela época o império Assírio estava em declínio. Essa decadência começou em 782 a.C. e se estendeu até 745 a.C. Provavelmente Jonas tenha visitado a cidade durante o reinado de Asurdan III no ano de 765 a.C. ou durante o reinado de Adad-Nirari.


·         Pré-exílio: Ele profetizou antes do exílio.
·         Durante o reinado de Jeroboão II
            Local: Viagem de Jope a Társis
Jope:
Jope ficava localizada bem ao sul da atual Tel Aviv, no Mediterrâneo. Essa cidade portuária é mencionada em textos egípcios e fenícios e também em textos de Canaã (tabletes de Amarna). Durante a monarquia, com frequência esteve sob o controle da cidade filistéia de Ascalom.
Társis:
Társis era o ponto geográfico conhecido mais remoto. Embora sua localização exata seja desconhecida, a maioria dos estudiosos acredita que ficava no sul da Espanha, embora outros argumentem a favor de Cartago, no norte da África. Podemos ter certeza de que era um porto no oeste do Mediterrâneo, conhecido por seu comércio de exportações.
Nínive:
Nínive, a capital da Assíria, poder mundial e o país mais temido e odiado pelo povo de Deus. Era uma cidade poderosa e perversa.
Esta cidade foi fundada por Ninrode (Gn 10.11) e era o centro do culto ao deus Istar. Ela está localizada a leste do rio Tigre e distante cerca de 960 km de Israel.
Na época de Jonas, Nínive contava com uma população de 600.000 pessoas. Segundo Feiberg, alguns autores chegaram a esta conclusão baseados no fato de que Deus mencionou 120.000 indivíduos que não sabiam discernir entre a mão direita e a mão esquerda. Para esses autores essas pessoas seriam crianças entre 3 e 7 anos. Fazendo o cálculo então entenderam que a soma total seria de 600.000 ninivitas.
O muro interno da cidade tinha 5 km de extensão. O profeta Jonas afirma que esta era uma cidade muito grande, sendo necessários três dias para percorrê-la. Buckland diz que esse seria o tempo necessário para dar a volta na cidade e não atravessá-la de uma ponta a outra. Segundo este autor a cidade não era cheia de prédios e casas. Lá dentro havia grandes espaços com parques, campos abertos e casas espalhadas. Ela foi construída em forma de trapézio e era a maior cidade daqueles tempos.
Alguns autores afirmam que Nínive tinha uma forte tendência ao monoteísmo. Eles cultuavam um só deus. O deus que eles veneravam era Dagom, um ser metade homem e metade peixe. É provável que as testemunhas que viram Jonas sair de dentro de um peixe na praia próximo à cidade tenham espalhado a notícia e os habitantes da cidade o tenham associado a um Deus poderoso e por isso reconheceram o anúncio do juízo como verdadeiro.
Também ocorreram durante a época de Adade-Nirari (provavelmente o rei que estava no poder durante a visita de Jonas) alguns eventos da natureza como eclipse solar total e outras calamidades que podem ter feito com que o povo ficasse alerta. É possível que Deus tenha se utilizado de todos esses eventos (deus peixe-homem, eclipse e pragas) para amedrontar o povo e levar-lhes ao arrependimento.
Nínive foi destruída anos depois com a pregação do profeta Naum.
De Jope a Nínive era apenas 800Km, mas de Jope para Nínive 3.000 Km


5° Estrutura do Livro:
            Tema: A misericórdia de Deus com os ninivitas e o profeta Jonas
I.                   O Chamado de Jonas Jn 1
A.    Deus chama Jonas 1.1-3
1.      Deus manda Jonas ir a Nínive 1.1-2
2.      Mas ele tenta fugir 1.3
B.     O castigo de Deus 1.4-17
1.      Deus envia uma forte tempestade 1.4-
a)      Os marinheiros clamavam ao seu deus x Jonas dormia 1.4-6
b)      Os marinheiros descobriram que Jonas era o culpado 1.7-10
i.                    Lançaram sortes para descobrir o culpado 1.7
ii.                  Eles interrogam a Jonas 1.8
iii.                Jonas declara quem é seu Deus, e que está fugindo dele 1.9
iv.                Os marinheiros ficam atemorizados 1.10
c)      Os marinheiros lançaram Jonas ao mar 1.6-15
i.                    Os marinheiros perguntam a Jonas o que fazer 1.11
ii.                  Jonas diz para jogar ele no mar 1.12
iii.                Os marinheiros relutam em fazer isto 1.13
iv.                Clamam ao Senhor 1.14
v.                  Jogam Jonas no mar
2.      Deus envia um grande peixe para engolir Jonas 1.16,17
a)      Os marinheiros temeram ao Senhor, e ofereceram sacrifícios 1.16
b)      Um grande peixe engoliu Jonas 1.17
II.               A súplica de Jonas Jn 2
A.    Jonas ora ao Senhor 2.1-9
1.      Ele agradece por Deus ter lhe livrado da morte 2.2-7
2.      Ele relembra o fato de Deus ser misericordioso 2.8
3.      Ele com gratidão promete oferecer sacrifícios a Deus 2.9
B.     Jonas é vomitado na terra 2.10
1.      Deus fala ao peixe 2.10a
2.      O peixe vomita Jonas 2.10b
III.            O arrependimento dos ninivitas Jn 3
A.    Segundo chamado de Jonas 3.1-2
1.      Novamente Jonas ouve a voz de Deus 3.1
2.      Deus o chama novamente a ir 3.2
B.     Jonas obedece 3.3-4
1.      Jonas agora se dispôs para ir 3.3
2.      Pregação de Jonas 3.4
C.     O arrependimento dos ninivitas 3.5-9
1.      Todos creram em Deus e demonstraram 3.5
2.      O rei também creu 3.6
3.      O rei convocou todos a se arrependerem 3.7-9
a)      Eles jejuaram 3.7
b)      Vestiram panos de saco 3.8
c)      Esperando assim a misericórdia de Deus 3.9
D.    A misericórdia de Deus 3.10
1.      Deus vê o arrependimento deles 3.10a
2.      Deus se arrepende do mal que iria lhes fazer 3.10b
IV.             A misericórdia de Deus Jn 4
A.    A ira de Jonas 4.1-5
1.      Jonas com indignação ora ao Senhor falando de seus atributos 4.1-2
2.      Ele pede para tirar a vida 4.3
3.      Deus o interroga 4.4
4.      Jonas sai da cidade e fica contemplando a mesma 4.5
B.     A lição de Deus a Jonas 4.6-11
1.      Deus faz nascer uma planta sobre Jonas 4.6
2.      Deus destrói a planta 4.7
3.      Jonas pede novamente a morte 4.8
4.      Deus explica a sua compaixão pelo povo de Nínive 4.9-11
a)      Jonas teve compaixão da planta 4.9,10
b)      Deus não teria compaixão de mais de 120mil criaturas inocente 4.11

6° Propósito do Livro:
Mostrar a misericórdia de Deus até uma nação pagã.

7° Organização dos dados:
Deus comissionou Jonas para pregar em Nínive. Ele com medo daquela nação poderosa que era inimiga da sua resolveu fugir da Társis. Mas na viagem, Deus manda uma forte tempestade, os marinheiros ficam muitos assustados e clamam cada um para seu Deus. Enquanto isso, Jonas dormia profundamente, até que foi acordado e interrogado. Quando disse quem era seu Deus, e que estava fugindo dele, os marinheiros ficaram ainda mais amedrontados. Jonas falou-lhes para jogar ele no mar. Entretanto, depois de certa relutância tiveram que fazer isto. Deus preparou um grande peixe para engolir Jonas. Lá ele ficou três e três noites. No ventre do peixe, ele orou ao Senhor, e foi vomitado na terra. Deus lhe chama novamente. Agora Jonas está pronto para obedecer. Ele prega que Nínive será destruída. Os ninivitas ao ouvirem isto, se arrependem dos seus pecados e creem em Deus. Deus vê o arrependimento, e não destrói a cidade. Jonas ficou indignado porque Deus não destruiu. Então, Deus faz nascer uma planta num dia, e morrer no outro dia para ensinar a Jonas sobre a compaixão dele por 120 mil criaturas inocentes.

Fonte de Pesquisas:
·         Bíblia de Estudo Macarthur_Sociedade Bíblica do Brasil
·         A Missio Dei No Livro De Jonas (Héber Negrão)
·         Os Profetas Menores (Héber Negrão)




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